sexta-feira, 22 de maio de 2009

REALIDADE: Ponto de Ônibus

"Nem Tudo é O Que Parece"
Por Aderson Souza

Sempre volto da faculdade de ônibus. Há muita coisa curiosa, engraçada e interessante para ser observada. Há alguns meses, fui barrado na faculdade por ainda não ter impresso o passaporte, disponibilizado na intranet, na conta do aluno, então acabei simplesmente voltando para casa.

Enquanto aguardava no ponto de ônibus, ainda bem vazio, um sujeito gorducho e careca estava sentado no ponto de ônibus, do outro lado da avenida, fazendo gestos estranhos, como se estivesse dançando sentado. Sabem a música mararena? Foi algo semelhante, mas sentado.

Havia uma mulher ao meu lado, sentada, com as mãos contra a boca, aparentemente contendo o riso. Então, encorajando-a, dei uma leve risada, e ela olhou para mim, dando uma risada alta.

- Como pode, né? - sorri, olhando dela para o sujeito do outro lado da rua.
- Cada macaco no seu galho. - sussurrou ela, ainda sorrindo.

Minutos depois, o ônibus chegou chegou e ela entrou. Uma mulher sentou-se ao seu lado e começou a fazer movimentos semelhantes; os dois eram surdos e mudos. Uma profunda vergonha subiu até minha cabeça naquele momento, parei minhas risadinhas internas e comecei a admirar a forma maravilhosa como os dois se comunicavam.

Tenho profundo respeito por deficientes, acho que enfrentam uma barra pesada diariamente sofrendo com pequenas coisas, como escadas, distancia ou altura. Tenho muita raiva de quem usa aquelas vagas especiais para eles em super-mercados e shoppings... Odeio mesmo, acho que essas pessoas devem ter o mínimo de simancol; assim como vagas para idosos.

OBS.: Quanto ao passaporte, no ano passado a faculdade dava um passaporte para todos os alunos. Mas, para economizar dinheiro simplesmente disponibilizaram o tal passaporte na intranet, nos obrigando a imprimir por conta própria. O mesmo para as provas ADs, mas isso fica para outro post.


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