quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CINEMA: 'Atividade Paranormal 2' - Pra que???...


( O texto abaixo contém alguns spoilers, não que seja grande coisa, filmeco... )


Vejamos; o que fez “Atividade Paranormal” um sucesso iminente? O filme não era o melhor do ano passado, todavia, tinha charme em seu aparente amadorismo.

Micah e Katie, dormindo, com a câmera ligada registrando tudo que acontecia foi genial. A ausência de efeitos especiais alimentou a idéia de que aquilo era real e podia acontecer com qualquer um que estivesse assistindo... Teve seus três finais ótimos e tudo mais...

Ai, o filme custou 15 mil e faturou pra lá do milhão, adivinha? Hahá!! Continuação iminente.

O.k., admito que eles criaram um arco histórico interessante, que conseguiu prender. MAS, isso ao mesmo tempo quebrou a única graça – pelo menos pra mim -, que fazia “Atividade Paranormal” ser tão brilhante!

Enquanto no primeiro tínhamos apenas o casal, um foco direto neles e na tal entidade, aqui o foco se alastra por uma série de personagens que, na boa, são inúteis! Temos o dono da casa que não crê no paranormal, temos a esposa dele, que é a Katie da vez, temos uma adolescente que a principio adora paranormalidade, o Micah da vez, temos a própria Katie e o próprio Micah fazendo pontas. Ah! Temos Hunter, o bebê, temos o Pastor Alemão...

O filme continua exatamente de onde o primeiro parou, no letreiro dizendo quando Micah morreu e Katie desapareceu... Então logo somos apresentados ao misterioso, porém meigo e fofinho, bebê Hunter.

O ponto positivo do filme é a proliferação da ação por outros cômodos da casa. O.k., admito que no primeiro, o fato de termos apenas um ponto de vista sobre a situação era irritante, no bom sentido, prestávamos mais atenção aos sons, aqui, como temos à disposição câmeras de segurança – inutilmente instaladas, em minha opinião -, concentramos nossas atenções à imagem, que, por sinal, nos trailers e virais prometia algo estrondoso!

Mas de fato o maior problema da seqüência é a expectativa. É como diz Marcelo Hessel, do Omelete; “Quanto mais expectativa, mais chance de rolar decepção!”, e é verdade!


O trailer nos vende um filme de arrepiar os cabelos. Os virais nos deram momentos de arrepios inimagináveis, os dizeres do trailer nos apontavam uma maravilha na telona, e tudo que vi foi apenas uma sucessão de situações familiares bobocas, efeitos especiais e tentativas de apavorar!...

Vocês acham que todas aquelas situações do trailer estão no filme? Esqueçam! Aguardem o DVD e assistam em casa, o segundo volume do que promete ser uma trilogia é um tédio! E olha que sou medroso pra esse tipo de filme, mas na boa, a única vez que me assustei de verdade foi durante o porão! De resto? Aff...

Os efeitos especiais? Bom, eles existem, se fazem necessários e de fato são bem feitos, principalmente quando a esposa é arrastada do quarto de Hunter, logo após o acidente com o pastor...

Enfim!

Outra coisa que me irritou demais foi à insistência do uso de uma câmera de mão!... Se o filme se focasse unicamente, após a invasão, nas cenas das câmeras de segurança o terror teria sido potencializado. ;D Não vejo motivos, no início do longa, para a família andar com uma câmera para todo o lado!

“Atividade Paranormal 2” se fazia necessário para iniciar uma série, digamos, realística, e não um arco dramático tão focado! O grande trunfo do primeiro era esse! Tudo é real e pode acontecer contigo! Na seqüência, descobrimos o porquê dos eventos do primeiro e tudo mais... Mas sabe aquela história; existem coisas que não precisam MESMO de explicação?... Então... ;D


Na boa, só não digo que joguei 11 reais no lixo por que o trailer de "Harry Potter e As Relíquias da Morte" foi exibido...


P.S.: Pra quem, assim como eu, achou que o foco da história estava no espelho, ou no quarto do Hunter, tirem o cavalo da chuva!... Ele até fica observando o espelho e rola uma atenção pra ele, MAS, é só...

Não precisava de uma seqüência...
 Trailer Legendado

terça-feira, 19 de outubro de 2010

CINEMA: TROPA DE ELITE 2 - O INIMIGO AGORA É OUTRO



Que filme é excepcional! É maravilhoso! Temos um roteiro super bem amarrado que impõe o perigo durante todos os segundos, temos uma direção audaciosa que não teme mostrar a violência como ela é, sem máscara, como vemos no cinema Hollywoodiano.

Roberto Nascimento, que no primeiro praticamente assumiu o papel de Chuck Norris – até hoje é comparado com personagens desse porte. -, neste ele está mais tranqüilo, mais calmo, mais humano, mais inteligente... Mais velho... Entretanto; ainda melhor! Por estar mais tranqüilo, calmo, humano e inteligente, e, acima de tudo, mais velho, tem mais experiência e sabe melhor o que fazer...

Mathias, que no primeiro era um aspira que levava esporro, neste e a continuação do Capitão Nascimento. ;D Alias, todos no elenco estão de parabéns, atuações maravilhosas.

A edição sonora é linda! Que som, que som!!!...

A montagem é fenomenal. Foge do padrão americano e desenvolve um padrão brasileiro que, na boa, ta arrebentando! Não tive tempo de respirar assistindo o filme, quem dirá pensar em cinema americano.

“Tropa de Elite 2” é a prova viva de que nem mesmo a pirataria pode derrubar um bom produto. A seqüência só vem quando o primeiro pede, e, cá entre nós, se o primeiro filme, vítima máxima da pirataria, teve ótimos resultados no cinema, é sinal de que investimentos e patrocínios são inevitáveis!...

Parabéns para todos os envolvidos; torço pra que o terceiro venha com tanta qualidade quanto o segundo e que seja de igual potencia. Na boa... Merece! Merece trilogia, merece box especial, merece CDs, bonecos, enfim! Kkkkkkkkk...

Até pensei em puxar aplausos quando o filme acabou – pena, gostaria de continuar assistindo!... -, só que a galera ficou tão neutralizada, tão ‘de cara’ com a mensagem que o filme passou, que ninguém teve esse fôlego, mas no mínimo saíram pensativos da sala. Aliás; sala LOTADA.

E fiquei feliz em ver a segurança no Cinemark onde fui assistir. Tinham policiais fazendo revistas pra impedir a entrada de câmeras nos cinemas, brilhante idéia! A trava contra a pirataria está pesada. Quando for pra DVD será impossível travá-la, mas estão conseguindo nos cinemas e isso é importante. Cinema Brasileiro, quando de qualidade, precisa ser visto nos CINEMAS. 

Agora, eu não quero comparar pois seria bobeira, pois 'Nosso Lar' e 'Tropa de Elite 2' são filmes totalmente opostos. Mas são os dois brasileiros melhores do ano, sem sombra alguma de dúvidas!...

Que orgulho! Temos vários filmes de qualidade esse ano; High School Musical: O Desafio, As Melhores Coisas do Mundo, Nosso Lar, Eu e Meu Guarda-Chuvas, Tropa de Elite 2... Grande ano para o cinema nacional, e sem contar os que eu de fato devo ter esquecido, grande ano!!!... E todos os filmes de uma qualidade impecável, com seus defeitos, claro, mas podemos notar algo incrível; variação total de gêneros. Há algum tempo só víamos comédias românticas ou drama, sem falar nos eróticos dominando as locadoras. Agora não! Temos aventura, ação, drama, infantil, MUSICAL! ;D Ahh Brasil!


Ah! E se vale um conselho; Experimentem não comer nada pesado e preparem o estômago, pois o filme é pesado!

Trailer


domingo, 17 de outubro de 2010

DVD: "Pânico na Neve" - Brilhante!




Muitos dos Survive-Movies, onde os protagonistas ficam presos numa situação em que normalmente jamais ficariam, mas por razões que, quase sempre são bobas, acabam sendo abandonados e são obrigados a lutar contra a morte sob circustancias malucas, sempre pegam qualquer um desprevenido. E “Pânico na Neve”, nesse quesito, dá um show!

“Frozen” começa com um trio de adolescentes curtindo um final de semana numa estação de esqui. Passam o dia inteiro brincando e fazendo palhaçadas para  integrante feminina do trio, namorada de um deles. A noite despenca e eles vão dar o salto que os dois amigos querem, fazer manobras, descer em alta velocidade... Só que, um infeliz mal entendido se dá quando o operário que o trio havia, há minutos atrás, pedindo para subir uma única vez, decide ir ao banheiro e deixa um outro ali, antes de sair, ele diz que ainda existem três pessoas para descer e vai ao banheiro. Todavia, havia seis pessoas naquela noite, três já descendo e três subindo. Os três que desciam... desceram e o operário constatou que, de fato, não haveria mais ninguém, então foi embora, deixando os três protagonistas lá, sozinhos.

De primeira, eles acham que houve uma falha técnica, mas logo tudo se apaga e eles se encontram sozinhos há 20 metros do chão e com um frio de rachar lá em cima.

São obrigados a fazer coisas alucinantes, desconfortáveis e até fatais. Há cenas chocantes sobre as quais não quero falar para não quebrar a surpresa, muito embora sejam previsíveis a medida que o filme se estende. Há cenas chatas. Há momentos em que a aflição é imensa. Em resumo, “Pânico na Neve” é um prato cheio para quem gosta de se sentir inútil perante uma situação sobre a qual qualquer um ajudaria se pudesse.

O roteiro é muito bem amarrado e escrito, com diálogos que casam perfeitamente com os momentos sobre os quais nos desdobramos nas poltronas para tentar pular na TV e ajudá-los. Os efeitos visuais são bons, embora pouco notáveis pela realidade mostrada. A fotografia é sensacional, muitas vezes sombria e nebulosa, sempre claustrofobia e nunca amigável, o tempo todo gelada. A direção é fascinante, embora não deixe qualquer um dos colegas, como “Mar Aberto”, para trás, não deixa a desejar para quem conferiu... E por aí vai...

É uma pena que não houve muito espaço nos cinemas. Na data da estréia estava apresentando meu TCC para a banca da faculdade. Então, não pude estar presente no cinema, e nas semanas que se estenderam precisei estudar para provas, logo, quando fui pensar em assistir, já havia saído, ainda bem que já saiu em DVD... Espero que haja espaço nas prateleiras das locadoras de grande porte, por que o filme tem que arrebentar.

Trailer


PS.: Estou passando por uma fase ligeiramente conturbada, embora não haja mais faculdade, agora estou trabalhando. Então, desculpem minha ausência no blog, muito embora já tenha ficado ausente por muito mais tempo. E obrigado, pelo contador de visitas estar registrando números tão significantes, isso me da força pra não desistir disso tudo aqui! Obrigado, de coração. E, não liguem caso haja erros de português, vou revistar o texto amanhã, mas acabei de assistir o filme e precisei escrever isso antes que esquecesse! Abraços.

sábado, 9 de outubro de 2010

CINEMA: Resident Evil 4........



Broder, quando essa galera de Hollywood vai sacar que o maior zumbi da franquia é a própria franquia???...


Geralmente, filmes que vem de grandes games tendem a ser uma péssima adaptação e um ótimo filme de ação... Pois é... Geralmente...

Que filme mais sem nada! A história é besta, idiota. Os personagens são frangotes, o roteiro não existe, a direção se preocupou apenas com cenas de ação, e muitas delas ficaram falsas e inúteis pelo que vem a seguir...

Alice, que insiste em se chamar ‘hélice’ o tempo todo, (o.k.! Esta é a pronúncia correta do seu nome... Mas falando assim parece uma hélice de helicóptero! Ridículo!) é irritante, tosca, chata... Perdeu totalmente aquele jeito “sou foda” dos filmes antigos... Os demais personagens são tão descartáveis quanto ela...

Os efeitos especiais, que poderiam ter salvado o filme, são falsos em boa parte da projeção. Caramba! Já foram provadas inúmeras vezes que efeitos especiais em excesso estragam qualquer filme!

A única cena que realmente prestou foi a do machado gigante, e a que fica atrás, a cena final, mas de resto... O filme poderia durar 30 minutos e já se resolvia! Muitas cenas projetadas em computação gráfica ficaram toscas... A única cena externa que vale parte do valor pago no ingresso é a cena em que o monstro do machado aparece... Muito boa, tanto no 3D quanto nos efeitos especiais... Mas de resto...

Prefiro considerar que Resident Evil foi uma trilogia...

Embora este filme tenha sido pensado em 3D desde o início, o que, de fato, é um ponto altíssimo, despencou na ladeira do erro clássico do Efeito 3D; tempo. São 100 minutos de puro 3D! Filmes muito longos não podem ser completamente em 3D, fica cansativo, chato, irritante...

Mas, devo admitir; o 3D de Resident Evil conseguiu ser muuuuuuuuito melhor que o 3D de AVATAR. Objetos voando contra nosso rosto o tempo todo, armas sendo apontadas para o público, zumbis arreganhando os dentes. Um ponto fortíssimo, mas, só isso não basta... Não mesmo...

“Resident Evil 4 – Afterlife” é uma diversão idiota. Um filme cujo entendimento é o primeiro a ser descartado, logo no início. É um filme que você pode assistir enquanto vai à padaria, em seu iPhone... Só não digo dispensável por que foi o primeiro filme cujo 3D me impressionou, mas, de resto? Patz!... Fica com o game...

Trailer Legendado