sexta-feira, 12 de junho de 2009

CINEMA: "A Mulher Invisível" (2009)


Quando vejo o nome "Selton Mello" no cartaz de algum filme espero uma produção bacana. Mas, o caso de "A Mulher Invisível" não foi bem este. Atenção, não disse ter achado o filme ruim.

Após receber um fora da esposa, que por sua vez estava sufocada em ter uma vida tão absolutamente certa e um marido que não faz nada perigoso na vida, Pedro (Selton) acaba entregando-se à uma terrível depressão. Logo é levado por seu amigo a conhecer outras mulheres, dormir com elas e ver que não há, em seu coração, espaço para outra. E é aí que, pelo menos ao meu ver, o filme começa.

Amanda (Luana) é uma mulher perfeita. Além de linda, sensual e educada, faz todas as vontades do romântico. Por exemplo, quando você vê sua namorada torcendo, sozinha, para um time? (eu detestaria, mas tudo bem.) Nunca! É raríssimo uma mulher gostar, por conta própria, de futebol. Ou quando você chega em sua casa, exausto de mais um cansativo dia de trabalho, e depara-se com uma linda loira com uma bebida, esperando para levá-lo para a cama?

Há alguns dias tive uma conversa com um grande amigo, que me disse, ainda sem assistir ao longa, que o cinema Brasileiro vem investido muito ultimamente, que investem demais numa fórmula pronta. Este longa se descata por este ponto de vista. Não é apenas um mutuado quase inútil de cenas cômicas envolvendo Pedro beijando o ar, é mais profundo que isso. O filme mostra como o homem é patético no quesito amor, algo que parece, a primeira vista, tão fácil de compreender, mas se formos parar e analisar, é a mais dificil das questões à serem tratadas e entendidas.

O filme conta com um roteiro ágil, situações engraçadas que provavelmente vão fazer o público rir um pouco, saíndo da atmosfera mórbida na qual o planeta água (ou Terra) se encontra atualmente. Agora, pra quem deseja ver cenas picantes, Luana semi-nua, esqueça. Embora ela apareça semi-nua em algumas das melhores cenas do filme, não é nada apelativo, tudo ali tem sentido narrativo que integre algo útil ao longa.

Enfim... O filme não é perfeito, há longas com Selton Mello e Luana Piovani que são melhores, os próprios Meu Nome Não é Johnny e O Casamento de Romeu e Julieta são relativamente melhores em alguns pontos de vista, mas vale a pena, ao menos valeu para mim, assistir este (A Mulher Invisível) filme. É, definitivamente, uma amostra de que o cinema nacional tem talento, só falta fugir um pouco do óbvio. A Mulher Invisível é filme pra lotar o cinema! Já que a galera deste país adora encher cinemas pra ver comédias românticas americanas, espero que lotem as muitas sessões de A Mulher Invisível, vale muito a pena.

Desta vez não pude ficar até o final da sessão - sabe, quando acaba o filme e os créditos começam. Desta vez não fui até o final, por tanto, se houver qualquer cena pós-crédito eu não poderei comentar sobre.

Abraços! Valeu pela visita e comentem!

Trailer



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