quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cinema: Transformers - O Lado Oculto da Lua

Que visual maravilhoso! ILM, meus parabéns, mais uma vez!



Quando "Transformers" surgiu, tinha uma ótima premissa; Robôs alienígenas adotando nosso mundo como campo de batalha. Era genial! Sam não era o salvador, era apenas o cara que deu a sorte de comprar um carro amarelo todo ferrado que, curiosamente, se transformava num robô imenso, que luta e fala usando músicas.

Ai, eis que a idéia deu certo! Os robozões intitulados Autobots e Decepticons dominaram os cinemas. Então, por que não fazer uma continuação aumentando, ao máximo, tudo o que deu certo no primeiro? Tivemos o dobro de efeitos visuais, o dobro de piadinhas bobas, o dobro de ação, um dobro tão pesado que "Transformers 2 - A Vingança dos Derrotados" foi, como diz Érico Borgo, uma afronta à inteligência. Mas, ao contrário dele, não vejo a segunda parte da franquia transformista como o pior longa de ação.

"A Vingança dos Derrotados" teve muito mais efeitos, ação. Em algumas cenas simplesmente não conseguíamos identificar o que estava acontecendo. Montagem descontrolada, efeitos sonoros exagerados e muito altos, Michael Bay filmou como se cada take fosse um clímax, e, putz, não é bem assim...

Então, eis que Avatar chegou e com ele o 3D revolucionou a maneira de se pensar a direção de filmes. Muitos BlackServices foram entregues à nós, o público, e, putz, cada produtinho pior que o outro. A primeira leva de filmes recém convertidos foi uma afronta à inteligência (Literalmente!)!!! Então, "Padre 3D" veio com um 3D mais bem trabalhado e aproveitado. Aí, surge "O Lado Oculto da Lua", se mostrando, nos trailers, uma bela experiência.

No entanto, a bela experiência durou apenas o tempo que os homens foram e voltaram da lua...

O início do filme, visto em 3D, é fantástico! Toda a seqüência do homem na lua também é digna de se tirar o chapéu. No entanto, logo após isso somos apresentados à substituta da Megan Fox, cujo nome é imenso... Ela é muito bonita, tem um corpo muito bonito, adorei ela, prefiro até ela à Megan, mas "Transformers 3 - O Lado Oculto da Lua" pareceu uma desculpa para repetir a dose do segundo filme, mas em 3D.

Aqui é notável a diferença de um para o outro. O terceiro filme é menos picotado, é mais suave, tem mais tempo com elementos em tela, justamente para que o efeito 3D seja devidamente apreciado. No entanto, não é só de visual que um filme se garante. Não mesmo! Não há o que dizer sobre o impecável trabalho da ILM (Industrial Light & Magic), tudo que diz respeito a visual é perfeito, impecável, e em 3D, embora exaustivo em muitos momentos, ressalta os pontos positivos desta parte do longa. Mas o resto é tão patético e descartável que quase não vale a pipoca.

Sam, que no primeiro e segundo tinha um papel bacana, era O protagonista, aqui assume um papel quase ridículo. Seus pais estão igualmente apagados. Megan Fox (Ao meu ver!) não fez a menor falta, atriz gostosa por atriz gostosa, essa outra loira carnuda tá de bom tamanho. Os demais personagens... Se no segundo já tínhamos personagens sendo jogados de aviões quando não foram mais necessários, aqui isso é um absurdo.

A música, que até então tem sido outro ponto forte da franquia, aqui entrega uma música final de dar pena. Duvidei, quando vi o videocast do Maurício Saldanha, sobre a trilha parecer "Terminator", mas, infelizmente preciso admitir que parece muito, e sim, ela pára de repente! Onde está a originalidade do primeiro? Se perdeu no Deserto de Cybertron? Ah! E sem contar com o plano dos Decepticons, muito semelhante ao de Lex Luthor no dispensável Superman Returns...

Enfim! Pode ser que valha a pipoca para a galera que gosta de ver mulheres bonitas, protagonistas correndo para salvá-las e carnificina de ferro, mas, o filme não se sustenta como filme, é para ser visto em 3D para que os efeitos sejam devidamente apreciados. Ah! Por favor, à uma distancia favorável da telona!


O ruim é que nem como aquecimento para "Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 2" esse filme presta... "Um Parto de Viagem" foi mais feliz no ano passado.

Trailer

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