segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

CINEMA: 2012



É extremamente clichê o fato de irmos aos cinemas hoje em dia e assistirmos filmes que ainda podiam ser melhorados. É o caso de 2012. Um filme que prometia ser um arrasa quarteirão – tudo bem, até pode ter sido, mas não podemos esperar muito mais que isso -, foi apenas mais um filme-catástrofe. O filme tinha uma ótima premissa, afinal, 2012 é o último ano do calendário Maia.

Porém, não é o pior filme do ano, aliás, este faz com que “Dragonball: Evolution” se torne ainda mais ridículo (lamento aos fãs). Todas as seqüências de ação são muito bem planejadas e dão certo. Tanto a fuga da Califórnia quanto Las Vegas despencando, ou Hawaii consumida por lava, ou o Cristo Redentor caíndo sobre os turistas, ou os maremotos, enfim, nunca vi ondas tão perfeitas.

Agora, o péssimo lado do filme; os personagens, não houve um para o qual eu pudesse torcer durante o longa. John Cusack, vulgo Jackson, um escritor desconhecido, chato, bestinha, clichê. Muito embora ele mude com o decorrer do filme, achei o pior personagem de sua carreira, seu personagem escritor de “Quarto 1408” teve uma melhor presença em cena. Os outros personagens são toscos e idiotas, não merecem espaço. Em nenhum momento pude temer por eles.

Enquanto por um lado temos uma gama visual inacreditável, por outro lado temos a infelicidade de acompanhar uma trama já surrada nos cinemas. Pai (John Cusack) divorciado tentando reconquistar os filhos, que agora estão babando ovo para o padrasto. Temos a incessante luta de poder onde apenas os mais ricos sobrevivem, e por aí vai, não temos um núcleo realmente bem desenvolvido. Tal como “Transformers 2 – A Vingança dos Derrotados”, “2012” baseia-se demais nos efeitos especiais, e isso, do meu ponto de vista, pode quebrar um projeto inteiro, tal como de fato pode ter acontecido.

“2012” é, de fato, um dos filmes com carga de efeitos especiais mais pesada do ano, depois de “Transformers 2 – A Vingança dos Derrotados”, e Acho que se o filme explorasse um pouco mais a questão dos Maias, sobre os quais as campanhas de marketing se basearam, teríamos um filme mais bem elaborado. Todavia, o filme foi feito com apenas um intuito, ganhar dinheiro, logo, efeitos especiais são muito bem vindos para tapar o buraco quase infinito deixado pelo roteiro mal desenvolvido.

E se por acaso vocês estão querendo saber mais sobre o que pode acontecer em 2012, procurem informações na internet ou comecem a assistir o Discovery Channel, foi exibido no canal um documentário de 40 minutos falando sobre o que pode acontecer, achei brilhante. Não pensem em alugar qualquer filme com o tema “2012”, pois não são tão bons quanto o atual, com John Cusack... Aluguei “2012 – O Ano da Profecia”, e achei horrível, mal desenvolvido, com efeitos completamente toscos e elenco fraquíssimo, definitivamente não cheguem perto. É lastimável.

O engraçado é que em todas as três vezes que fui assistir ao filme nos cinemas, a sala estava lotada. Na última vez, inclusive, cheguei um pouquinho atrasado e fui obrigado a sentar lá na frente... Foi bizarro, saí da sala com uma terrível dor no pescoço. Só uma dica: Não espere, de forma alguma, acompanhar uma boa história, caso vá (espero que vá), vá procurando por efeitos especiais e cenas extremas de ação, aí você vai se deliciar.

Trailer Legendado:


PS.: Charlie é responsável pela melhor parte dramática do filme (rs).

Aderson M. de Souza
(11) 98476620

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