sábado, 4 de abril de 2009

CINEMA: Adaptações e Enganações

PS.: Galera, estou tendo problemas com o tempo(clima), o tempo está relativamente fechado e temo não ter acesso à internet. Por tanto, já estarei postando a primeira matéria do blog.
ABRAÇOS!
POR ADERSON SOUZA
Adaptações & Enganações

Olá, seja bem vindo!

Meu nome Aderson Maia de Souza, tenho 21 anos e atualmente estou cursando Tecnologia e Gestão em Rádio e TV, e faço estágio na Tv ABCD Sou formado em WebDesign pela Microcamp internacional. Meu portifólio e curriculo estão em
www.aderson-souza.blogspot.com.

“Ponto de Vista” será um blog com e principal objetivo de abrir discusões, debates, a troca de idéias e informações sobre cinema e televisão, são assuntos que despertam não apenas a curiosidade, mas a opinião diversificada. Espero imensamente poder contar com vocês, com pontos de vista, e sempre da forma mais limpa e educada possível.











Bom! Escolhi adaptação pois é um tema que sempre envolve, não apenas muitos pontos de vista, mas também uma ampla e detalhada discussão sobre como elas poderiam ter sido melhores, ou como foram brilhantes. Por que será que é tão complicado adaptar um game, um livro ou um desenho nas telonas?

A resposta é simples: Linguagem. Não entendeu?

Seguinte: Quanto você joga Resident Evil, Silent Hill ou lê Harry Potter, Crepúsculo, a linguagem de ambos é bem específica: Visual e Literária. Games tem uma linguagem bem direta, uma linguagem visual semelhante a linguagem do cinema. Todos os jogos, ou quase todos, são acompanhados por uma história, uma trama, o por que de Harry Manson se enfiar numa cidade fantasma, por que pessoas se tornam mortos-vivos, por que Harry deve combater Voldemort ou por que os Cullen são vampiros.

O fato é, no momento em que se adapta um determinado produto, o roteirista deve transformar toda a linguagem visual e literária em uma linguagem cinematográfica, para que o público em geral possa entender a trama a ser extraída do livro ou game. Nunca usa-se exatamente a mesma história para uma adaptação para os cinemas, sempre escreve-se uma história em cima da história do game ou livro. Por isso alguns elementos podem ser deixados de lado, esquecidos, podem ser considerados supérfluos.

Agora, existem casos em que as adaptações são tão monstruosas que tornam o produto final tosco. Um exemplo claro é: “Resident Evil – A Extinção”. Como um longa-metragem, é um filme bacana, mas como uma adaptação peca em praticamente tudo, ao contrário de seus antecessores, que ao menos mantém a estética visual dos games, principalmente o segundo: “Resident Evil – Apocalypse” , embora tenha distorcido o momento em que o tenebroso Nemessis entra na trama, manteve a estética dos games, pelo menos se passa em uma cidade tomada pelo caos.

Um outro exemplo é “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, tornou-se a pior adaptação da franquia do bruxo que conhecemos, logo na sequência vem “O Cálice de Fogo”, que pulou certos pontos que eu considerei importantes para o entendimento de pontos que são fechados no final da trama. Em nenhum momento no longa questionei a identidade do suposto professor Olho-Tonto, apenas depois da tarefa do Lago Negro ele passa a dar sinais, colocando a lingua para fora rapidamente, como Barto Crouth Junior. No entanto, isso não ficou claro pra mim quando assisti ao filme nos cinemas pela primeira vez e ao chegar no final, em que Olho-Tonto se revela preso e Crouth Jr. em seu lugar, claro que fiquei bolado e me perguntei: “Em que momento no filme ele entrou assumindo o lugar do professor?”. Isso não é mostrado! Eu achei que fosse uma cena deletada, mas não, aparentemente nem foi filmada. Agora, claro, se alguém souber se houve uma cena assim, que explique, fora a do lago negro, que mostre Crouth Jr. tomando o lugar de Olho-Tonto, me mostre, por favor!










Agora, há aquele caso em que o pior acontece: A única coisa real presente do original na adaptação é o nome. É o caso de “Max Payne”, contando com Mark Wahlberg na pele do policial durão. O filme peca em basicamente tudo, a única coisa realmente absorvida dos games é o visual noir. Mas a história foi alterada. Claro que ainda é aquele esquema dele tentar desvendar o assassinato da família, correndo atrás de todos os responsáveis e descobrindo coisas bizarras, inclusive Valkyria, a droga que no jogo é injetável, enquanto na adaptação ela simplesmente podia ser consumida via oral.




E agora estamos começando a entrar na área das adaptações de animes e mangás... Pois bem, não duvido que venha a ser uma tragédia. Embora eu não queira julgar “Dragonball: Evolution”, já que ainda não pude conferir o produto final. Mas vou falar sobre duas cenas que eu assisti na internet, no Omelete. Em que Roshi, - ou Mestre Kame - e Goku meio que lutam, mas Goku flutua e acaba lançando sua força, magia, poder, em Bulma... A cena ficou muito artificial, muito falsa. E em outra sequência, em que Chi Chi luta contra Mai, achei a cena coreografada e marcada demais.



No longa, Piccolo é o vilão da vez. Procurei pela internet a saga para poder assistir e não encontrei, deve ser ultra-velha. Mas não deve ser diferente do filme, em que ele quer as esferas para dominar o mundo, ou algo assim. Aliás, o ponto forte de Dragonball um dia chegou a ser a história? Sempre vem um monstrengo medonho de fora para dominar o Planeta Agua e cabe aos guerreiros Z defende-lo... E quem é o único que sempre pode? Nossa! Goku, que coisa...


Outro fator que sempre me deixa apreensivo com relação ao resultado final, que irá chegar às telonas no dia 10 de abril de 2009, é o fato de Piccolo ser branquelo, enquanto no anime ele é verde e tem anteninhas. No entanto, li algumas matérias na internet alertando a todos que Piccolo passou não sei quanto tempo preso e que pode ter perdido a cor neste tempo. Com relação às anteninhas, é o esquema de Linguagem que falei logo acima. Ficaria ultra-estranho ver anteninhas digitais na cabeça de James Marsters.



Agora, uma coisa eu digo, jamais baseiem suas opiniões em pedaços, partes soltas, entendem? Nunca baseiem uma crítica em cima de um poster, de um trailer, de uma foto de bastidores, de uma campanha de marketing. Há filmes que são horríveis, mas tem trailers excepcionalmente fodásticos, campanhas de marketing bombásticas e um poster que dá agua na boca. Um exemplo é “Missão Babilônia”, também uma adaptação, se não me engano, mas não li o original. O filme é tenebroso, fui ao cinema conferir e sai de lá pensando “Po! Gastei 15 reais com isto?”.





Outro filme que mostrou-se excepcional no trailer e regular-médio nas telonas, foi “Crepúsculo”(Twilight). O ritimo do filme é um pouco diferente do livro, mais uma vez uma mudança de linguagem.

Bom, é isso... Espero que tenham gostado da primeira matéria do Ponto de Vista, expressem suas opiniões. Acham que adaptações podem melhorar, ou acha que já estão boas? Podem falar o que realmente pensam, vamos debater.

Abraços,

Aderson Souza.

3 comentários:

  1. Aeee parabens pelo BLOG espero que de certo!!
    Divulgue pelo Twitter .. lah eh um otimo local pra isso!!

    Soh uma dica?? faça postagens menores.... ;) Parabens.. e abraço!

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  2. Gostei muito do seu artigo. Continue fazendo o seu ponto de vista aqui.

    É uma pena mesmo que muitos filmes baseados dos livros nunca ficam bons, exceto aqueles filmes Janela Secreta, ou Nevoeiro, todos de Stephen King, que são excelentes. Também O Senhor dos Anéis, e mais outros, mas são poucos filmes que conseguem fazem bem melhor que os livros.

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  3. Exato. Havia me esquecido de "A Janela Secreta" e "O Nevoeiro", dois filmes muito bons, principalmente "A Janela Secreta".

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